Um fim de semana dedicado às famílias no Vaticano. Elas vieram de várias partes do mundo participar de uma grande festa da Igreja. O Jubileu das Famílias contou com uma programação intensa, e a Santa Missa de encerramento foi presidida pelo Papa Leão XIV.
Reportagem de Danúbia Gleisse
Imagens de Leonardo Vieira, Joyce Mesquita, Reuters, Vatican Media e Daniele Santos
Edição de Daniele Santos
Famílias de várias partes do mundo, na Praça São Pedro. Na Missa de encerramento do Jubileu, foram as crianças que deram um colorido especial. Foi do papamóvel que Leão XIV saudou as famílias e foi acolhido com acenos e muitos aplausos. Em sua homilia refletiu a oração de Jesus na última Ceia em que pede ao Pai, para que todos sejamos um só.
“Essa oração do Senhor dá sentido pleno aos momentos luminosos do nosso querer bem aos outros, como pais, avós, filhos e filhas. E é isso que queremos anunciar ao mundo: estamos aqui para sermos ‘um’, como o Senhor nos quer ‘um’ nas nossas famílias e onde quer que vivamos, trabalhemos e estudemos; diferentes, mas ‘um’; muitos, mas ‘um’; sempre, em todas as circunstâncias e em todas as etapas da vida”, disse o Santo Padre.
Papa Leão recordou Beatificações e Canonizações de casais nas últimas décadas e citou Luís e Zélia Martin, pais de Santa Teresinha do Menino Jesus; os Beatos Luís e Maria Beltrame Quattrocchi, cuja vida familiar transcorreu em Roma no século ado. E da família polaca Ulma, pais e filhos unidos no amor e no martírio.
“Se trata de um sinal que faz pensar, pois a Igreja, apresentando-os como testemunhos exemplares dos cônjuges, diz-nos realmente que o mundo de hoje precisa da aliança conjugal para conhecer e acolher o amor de Deus e superar, com a sua força que une e reconcilia, as forças que desagregam as relações e as sociedades”, afirmou o Papa.
Com isso, afirmou que o casamento não é um ideal, mas a regra do verdadeiro amor entre o homem e a mulher; amor total, fiel, fecundo e encorajou os pais a serem exemplos de coerência para os filhos, comportando-se como desejam que eles se comportem, educando-os para a liberdade através da obediência. E aos filhos, pediu que sejam gratos aos pais, disse que dizer “obrigado” pelo dom da vida e pelos dons que se recebe todos os dias é a primeira forma de honrar o pai e a mãe.
“Por fim, a vós, queridos avós e idosos, recomendo que cuideis daqueles que amais, com sabedoria e compaixão, com a humildade e a paciência que os anos ensinam”, pediu Leão XIV.
No Sábado, a celebração deste amor e unidade foram expressados nas atividades do Jubileu, um evento pensando em cada membro que compõem a família seja estes adultos, adolescentes, crianças, sem esquecer dos idosos e para os queridos avós.
“Agora nós somos avós, temos uma neta que é uma alegria para nós e ao mesmo tempo olhar e participar dessa grande grande família, que também, não só são casais, mas também tem muitos avós aqui presentes”, disse Fátima Aparecida Monteiro de Oliveira, que participou do Jubileu.
Seu marido, João Luiz de Oliveira, completou: “É uma alegria muito grande, porque o testemunho que podemos deixar hoje para a nossa neta Miriam é que quanto mais formos famílias e famílias de Deus, mais e mais é essa herança, esse testemunho e também o exemplo de que vale a pena ser família”.